terça-feira, 31 de agosto de 2010

Imagens dos quotidiano

Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras.

Então deixo-vos três imagens que não devem ser legendadas.



quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Bombeira ficou ferida

Olga Marques e outros elementos da corporação viveram momentos de pânico ao serem cercados pelas chamas em Ponte de Lima
O grupo de bombeiros de Coimbra que apoiou o combate ao incêndio de Ponte de Lima, na segunda-feira passada, viveu momentos de grande aflição quando se viu cercado pelas chamas e em terreno desconhecido destes soldados da paz. Apesar do susto, apenas um dos elementos dos Bombeiros Voluntários de Brasfemes ficou ferido com alguma gravidade, sofrendo queimaduras de terceiro grau no braço, e uma viatura ficou ligeiramente danificada. «O fogo é muito perigoso, mas o vento é o nosso principal inimigo no terreno», explicava o comandante da corporação, Acácio Monteiro.
Olga Marques, residente na Lousã, bombeira com larga experiência no combate a incêndios, foi assistida no Hospital de Viana do Castelo, teve alta no próprio dia e está a receber tratamento para a queimadura, adiantou o responsável, sublinhando o perigo que correram os bombeiros do Grupo de Reforço de Incêndios Florestais (GRIF) de Coimbra, que tinham seguido numa coluna de reforço para Ponte de Lima naquele dia.
«Viram-se cercados, o fogo estava a ser combatido em situações muito adversas. Em segundos o vento mudou e as chamas altas que estavam a cerca de 100 metros cercaram um grupo de seis bombeiros», referiu Acácio Monteiro, que acompanhou a situação à distância, uma vez que não estava no local. De acordo com o comandante, o GRIF que seguiu para aquele incêndio, com cerca de 26 bombeiros – dos Voluntários de Coimbra, de Brasfemes, de Coja, Condeixa, Penela e Mira –, quatro viaturas de combate a incêndios florestais, dois auto-tanques e uma viatura de comando, era comandado pelo adjunto de comando de Brasfemes, Rui Gonçalves.
Com 49 anos de idade e 32 de bombeiro, Rui Gonçalves está ainda consternado com o episódio de segunda-feira. Esteve no meio do cerco e, «em minutos que parecerem longas horas», pensou que a sua vida e dos colegas ficaria por ali. Não teve a ver com experiência ou técnica – essas têm-nas –, mas com a natureza. «Atraiçoou-nos», disse ao Diário de Coimbra, explicando que «o incêndio estava já controlado a favor dos bombeiros e que nada fazia prever mudança tão repentina nos ventos».
Com os poucos meios que detinha, uma viatura e seus cinco ocupantes e mais o próprio adjunto de comando, conseguiram lutar contra as chamas, até chegarem ajudas de outras corporações. «O nosso motorista furou pelo meio do fumo e conseguiu pedir socorro», refere Rui Gonçalves, ainda mal refeito do susto.

Comandante
fala em “milagre”
«Só um milagre para se terem salvo sem grandes ferimentos», refere o comandante Acácio Monteiro, lembrando que os bombeiros ainda se preocuparam em retirar a viatura do cerco de chamas. «A temperatura era tão alta que provocou a queimadura à bombeira, que usou o braço com o instinto de proteger mais a cara. São bombeiros experientes e que já viveram muitas situações de perigo, mas acredito que nunca tão grave».
O grupo de Coimbra foi desmobilizado ainda na segunda-feira, mas o incêndio que lavrava na região também acabaria por ser controlado nessa altura. Acácio Monteiro garante que a voluntária de Brasfemes está bem e que, como os outros, não desistirá da sua missão. «É uma luta dura e constante, mas não nos deixamos ir abaixo, porque acreditamos na causa do voluntariado», sublinha o comandante, lamentando que as estruturas e organismos de cúpula portugueses teimem em «não dar o devido reconhecimento ao trabalho dos bombeiros voluntários, ano após ano».

Fonte: Diário de Coimbra

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

BV Brasfemes: Estamos à Beira da Ruptura

Os Bombeiros Voluntários de Brasfemes celebram 71 anos. Exaustos e com as viaturas a atingirem o ponto de ruptura aguardam uma data mais calma para assinalar a efeméride.

Com os termómetros a registarem temperaturas elevadas e os incêndios florestais a dispararem por todo o país, os bombeiros saem do quartel e levam um objectivo bem definido: “servir a comunidade”.

Em Brasfemes, quase uma centena de pessoas está ao serviço da corporação de bombeiros. “Temos 91 elementos, alguns a estagiar e outros que durante alguma temporada não podem dar apoio e estão no quadro de reserva. São mais 32 que a todo momento, querendo e tendo disponibilidade, podem regressar ao corpo de bombeiros e quadro activo”, assegura o comandante dos Bombeiros Voluntários de Brasfemes, Acácio Monteiro. “No que se refere ao pessoal estamos bem apetrechados”, afirma.

A principal lacuna com que se debatem na actualidade é o quadro de viaturas.No que toca às ambulâncias, a direcção “vai fazendo um esforço e vai adquirindo”, explica Acácio Monteiro. Mas quando se fala dos veículos de combate a incêndios florestais, a situação muda de figura. O problema que se coloca é que os bombeiros de Brasfemes estão “mesmo a entrar em ruptura em relação às viaturas de combate a incêndios florestais”, afirma o comandante. “Basta dizer-lhe que uma viatura de combate a incêndios florestais custa na base dos 130 mil euros e, aliás, o material dos bombeiros é muito caro”, acrescenta Acácio Monteiro, ao DIÁRIO AS BEIRAS.

Promessas ainda por cumprir

“Temos já alguns anos a esta parte a promessa de que fomos contemplados nas famosas 95 viaturas, que inclusivamente saiu no Diário da República, a nossa associação como sendo beneficiada, mas nada”, refere o comandante.

Neste momento os bombeiros dispõem de cinco veículos de combate a incêndios florestais. Duas viaturas ligeiras e três pesadas. “Recentemente tivemos um incêndio aqui na freguesia e num espaço de 10 minutos tínhamos cá 40 bombeiros. Como não havia viaturas ficaram aqui alguns de reserva”, exemplifica.

Acácio Monteiro assegura que não quer entrar “em polémica com os outros agentes da protecção civil, nomeadamente a GNR”, que na sua opinião é extremamente importante na vigilância e na prevenção. E à qual ultimamente foi dada a atribuição de combate a incêndios iniciais.

“É evidente que cada um tem a vocação para que nasce”, refere o comandante salientando que aos elementos do Grupo Intervenção de Protecção e Socorro têm sido “dadas todas as condições que aos bombeiros não são atribuídas”.

“É uma situação que terá que ser vista no futuro porque não há heróis e se existem são os bombeiros”, remata.

Fonte: Diário das Beiras