Isto diz-vos alguma coisa?
Muita gente não sabe história desta história, mas vale a pena contá-la.
Recordam-se dos tempos em que não haviam electricidade, água, transportes, etc. etc.?
Não havendo frigoríficos nas casas particulares as pessoas da minha terra conservavam a carne na salgadeira.
Mas o sal não servia apenas para conservar a carne; acabava por lhe vir a dar um sabor muito especial e que hoje será quase impossível repetir.
A colocação durante largos meses de uma peça de carne de porco num espaço em que o sal a cobria por cima, por baixo e pelos dois lados, fazia com que essa mesma carne adquirisse um sabor diferente.
Por isso era uma festa quando um miúdo ouvia a sua mãe dizer: «Hoje pus carne ao lume!». Porque nesse tempo de não haver nem electricidade nem bilhas de gás nem sequer fogões a petróleo, o calor da cozedura era dado por um lume de lenha. E não interessava muito se à água se juntava hortaliça, cabeças de nabo, batatas ou arroz.
O que já se sabia antecipadamente era que tudo o que entrava na panela viria a beneficiar do magnífico tempero desse bocado de carne saído da salgadeira e lavado em água fresca tirada do cântaro.
Depois de pronto o prato bastava a boa vontade e o engenho de quem desfiava todos os bocadinhos da carne.
Era uma sopa que servia de sopa e de segundo prato. Qual bife, qual carapuça! Melhor do que uma sopa com carne da salgadeira só outra sopa com carne da salgadeira…
Muita gente não sabe história desta história, mas vale a pena contá-la.
Recordam-se dos tempos em que não haviam electricidade, água, transportes, etc. etc.?
Não havendo frigoríficos nas casas particulares as pessoas da minha terra conservavam a carne na salgadeira.
Mas o sal não servia apenas para conservar a carne; acabava por lhe vir a dar um sabor muito especial e que hoje será quase impossível repetir.
A colocação durante largos meses de uma peça de carne de porco num espaço em que o sal a cobria por cima, por baixo e pelos dois lados, fazia com que essa mesma carne adquirisse um sabor diferente.
Por isso era uma festa quando um miúdo ouvia a sua mãe dizer: «Hoje pus carne ao lume!». Porque nesse tempo de não haver nem electricidade nem bilhas de gás nem sequer fogões a petróleo, o calor da cozedura era dado por um lume de lenha. E não interessava muito se à água se juntava hortaliça, cabeças de nabo, batatas ou arroz.
O que já se sabia antecipadamente era que tudo o que entrava na panela viria a beneficiar do magnífico tempero desse bocado de carne saído da salgadeira e lavado em água fresca tirada do cântaro.
Depois de pronto o prato bastava a boa vontade e o engenho de quem desfiava todos os bocadinhos da carne.
Era uma sopa que servia de sopa e de segundo prato. Qual bife, qual carapuça! Melhor do que uma sopa com carne da salgadeira só outra sopa com carne da salgadeira…